sexta-feira, 19 de maio de 2017

Revista 4 Portas na Mesa


Revista 4 Portas




Tempos de Brecht



TEMPOS DE BRECHT
Textos de Bertold Brecht
Elenco
Dinho Duarte
Elmo Ricardo
Fran Nascimento
Joyce Ramos
Laídia Evangelista
Leticia Muniz
Marcos Oliveira
Mario Ribeiro
Monalisa Gomes
Thamires Coimbra
Virginia Oliveira
Orientação Corporal
Elmo Ricardo
Musica original e Direção Musical
Leticia Muniz
Musicistas
Fran Nascimento
Laidia Evangelista
Leticia Muniz
Arte
Jonas Gomes
Fotografia
Fran Nascimento
Virginia Oliveira
Liana Cavalcante
Ambientação e Figurino
Marlete Rodrigues e grupo
Iluminação
Sebastião Lima
Comunicação
Fran Nascimento
Fotos
Josh Brandohw
Direção Geral
Chico Expedito
Produção e Realização
4 Portas na Mesa





AUTOR, CENAS E MONTAGEM
Agora é a vez de Brecht na 4 Portas na Mesa, dos TEMPOS DE BRECHT, que são também os nossos tempos.
Bertold Brecht era alemão e foi antes de tudo um humanista... Era poeta, romancista, dramaturgo e seus trabalhos artísticos e estudos teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo. Praticava uma incisiva crítica social, dono de um humor cínico... Brecht era pura resistência.
Considerado um dos autores mais importantes do século XX, Brecht dava grande importância à dimensão pedagógica de seu teatro, que se caracteriza pelo cunho narrativo e descritivo, apresentando os acontecimentos sociais de forma profunda, procurando ao mesmo tempo entreter e fazer refletir. Não se limita a explicar o mundo, se dispõe a modificá-lo. Brecht mudou completamente a função e o sentido social do teatro, usando-o como arma de consciencialização e politização
Nossa montagem, produto da Turma Zero de teatro da 4 Portas, nossa primeira turma, como não poderia deixar de ser, é um exercício da estética e teoria Brechtiana (o segundo módulo estudado o ano passado) e só através das marcas, das atitudes e postura  dos atores, do cenário, do figurino,  da música, dos sons e até do silêncio é que sua proposta se completa. É só através destes elementos que seu texto causará o efeito desejado.
Os textos encenados mostram um passeio na obra dramatica e poética de Brecht, em suas várias fases, da sua juventude à maturidade...  Viajamos através do teatro didático, passando por sua fase épica até chegar ao seu Teatro Dialético, como finalmente definiu o seu teatro (Galileu Galilei) na sua fase mais madura.








Eles não usam Black Tie



ELES NÃO USAM BLACK TIE
De Gianfrancesco Guarnieri
Ficha Técnica
Elenco: 
Thamires Coimbra
Joyce Ramos
Monalisa Gomes
Fran Nascimento -
Letícia Muniz
Virgínia Oliveira
Marcos Oliveira
Mário Dinho
Elmo Ricardo
Laidia Evangelista
Ambientação:
Marlete Rodrigues e Grupo
Figurino e Adereços:
Marlete Rodrigues
Preparação Corporal: 
Elmo Ricardo
Direção Musical: 
Letícia Muniz
Musicos
Leticia Muniz
Laidia Evangelista
Mario Ribeiro
Fran Nascimento
Iluminação:
Sebastião Lima
Fotos
Alex Costa
Liana Cavalcante
Direção Geral: 
Chico Expedito
Produção
4 Portas na Mesa
Produção
4 Portas na Mesa



AUTOR, TEXTO E MONTAGEM
As montagens da 4 Portas se  desenvolvem sempre a partir de textos de qualidade, textos que ofereçam uma dramaturgia sólida e consistente, que contenham um material rico, tanto para o Diretor quanto para os atores. Achamos que  isso é fundamental quando estamos lidando com atores e atrizes em formação. É o caso da Turma Zero, o primeiro grupo de alunos da 4 Portas e do qual nos orgulhamos muito.
Gianfrancesco Guarnieri  foi  ator, diretor, dramaturgo e poeta  e se destacou primeiramente  no Teatro de Arena de São Paulo. A peça  Eles Não Usam Black-Tie foi a sua obra mais importante, além de ser sua peça de estreia, como dramaturgo. Encenada  no Teatro de Arena com a direção de José Renato e com um elenco que despontava no teatro brasileiro e que viria se tornar importante nesse cenário. Estavam lá, além do próprio Guarnieri, Lelia Abramo , Miriam Mehler , Flavio Migliaccio, Eugênio Kusnet e Milton Gonçalves. Alcançou um sucesso imenso, sendo um dos marcos da renovação do teatro brasileiro da época.
Eles não usam black-tie é uma peça de cunho sócio-político, sua estreia foi em fevereiro de 1958 e ficou mais de um ano em cartaz em São Paulo, fato inédito no teatro brasileiro.
A peça tem como tema central a greve e a vida operária, e traz também em seu conteúdo, reflexões profundas sobre a frágil condição humana. "Black Tie" trouxe pela primeira vez ao palco brasileiro como protagonistas, a nossa gente simples.
Como na sua estreia, nossa montagem também traz para o palco gente simples e uma estética com soluções simples e inventivas. Na ambientação, somente os elementos de cena indispensáveis e simbólicos, que é reforçada por uma interpretação emotiva, às vezes, romantizada e comovente, emoldurada por uma trilha sonora de perolas da nossa MPB, executada  pelo próprio elenco.
Mas a montagem traz também críticas contundentes sobre nossas  questões politicas e sociais, a emoção e as musicas só ajudam a comentar e reforçar essas questões. Desse modo, se por um lado, a peça mostra um olhar aprofundado da sociedade brasileira, por outro, vem embalada por um valor poético materializado na visão romântica do mundo de seus personagens. São relações de amor, solidariedade e esperança diante dos percalços de uma vida difícil, onde tudo se passa em torno de um  debate principal que é o debate entre a coletividade e o individualismo.
Eles não usam black-tie é um marco do teatro de temática social no Brasil e iniciou uma produção sistemática e crítica de textos dispostos a representar as classes subalternas. Esse movimento iniciado a partir da década de 1950, proporcionou uma dramaturgia forte e viva,  que buscava a construção de uma identidade nacional pautada nas mais variadas expressões culturais internas. 







Aurora da Minha Vida



Ficha técnica
AURORA DA MINHA VIDA
De Naum Alves de Souza
Elenco
Assis Filho
Benjamim  Nascimento
Bruna Grant
Crisnaldo Prado
Jakelliny Pinheiro
Jose Carlos
Josh Brandohw
Karolynna parente
Leandra Xáera
Mario Ribeiro
Michael Douglas
Mayra Beatrisse
Leticia Muniz
Oliver Gandhi
Cenário e Figurino
O Grupo
Orientação Corporal
Elmo Ricardo
Iluminação
Marcio Anderson
Trilha Sonora
Leticia Muniz
Operação de Som
Fran Nascimento
Operação de Luz
Sebastião Lima
Arte
Marcio Anderson
Fotos
Liana Cavalcante
Virginia Oliveira
Direção
Chico Expedito
Produção
4 Portas na Mesa






AUTOR, PEÇA E MONTAGEM
Naum Alves de Souza é paulista do interior e ao longo de sua carreira desenvolveu muitas atividades ligadas às artes: pintor, desenhista, gravador, bonequeiro, figurinista, cenógrafo, autor e professor de teatro e artes plásticas. É um especialista em trabalhos com criança e adolescentes
Como autor e diretor, recebeu com suas peças os prêmios mais valorizados do teatro brasileiro como o APCA, o MAMBEMBE e o MOLIERE.
Suas peças mais importantes são: MARATONA, NO NATAL A GENTE VEM TE BUSCAR e AURORA DA MINHA VIDA.
Naum afirma não gostar do discurso abertamente politico no teatro, mas com A AURORA, na verdade, escreveu uma obra contundentemente critica sobre a sociedade brasileira. Aqui, ele através da sala de aula que, em si é um microcosmo da sociedade, mostra como ela forma os cidadãos que vão definir os rumos do País e, é claro, os definem em ampla medida de acordo com os valores que lhe foram impingidos ao longo de sua formação.
Nossa montagem nada mais é do que a tentativa de explicitar isso tudo, de forma a mostrar que mudamos muito pouco desde a estreia de AURORA em São Paulo em 1980. A plateia identificara através dos tipos e das situações, de onde vieram, como se formaram ao longo dos tempos, os nossos conceitos e preconceitos atuais. Nossa estética é livre, crítica e atual, a interpretação e marcações, pesquisam e usam todas as possibilidade de leitura que o teatro moderno oferece.
O grupo é resultado de um curso de longa duração, oferecido pela Ecoa em 2016 e agora agregado as turma da 4 portas na Mesa, se desenvolve com muitos valores agregados: estudo, critica e talento. A Turma Um da 4 Portas ainda está em fase formativa, mas promete.










À Deriva



À DERIVA...
Leitura livre da peça EM PLENO MAR
De Slawomir Mrozec
Elenco
Alexandre Fontenelle
Chico Expedito
Elmo Ricardo
Vinicius Felix
Trilha Sonora e Operação de Som
Leticia Muniz
Arte
Jonas Gomes
Fotografia
Geovane Lima
Ambientação e Figurino,
Caracterização
Marlete Rodrigues e grupo
Comunicação
Fran Nascimento 
Iluminação e Cenotécnica
Sebastião Lima
Orientação Corporal
Elmo Ricardo
Assistência de Direção
Alexandre Fontenelle
Direção Geral
Chico Expedito
Produção
4 Portas na Mesa



AUTOR, PEÇA E MONTAGEM
EM PLENO MAR, texto original no qual  apoiamos  nossa montagem é do dramaturgo, jornalista, cartunista e prosador polaco, SLAWOMIR MROZEK que pertence a  categoria dos escritores satíricos, fenômeno presente em  todos os tempos. O humor corrosivo, o sarcasmo, à angustia, o cômico, o absurdo e a poesia combinam-se nas suas peças de teatro.  Ele ridiculariza as instituições, os valores consagrados, os poderes estabelecidos e os usos e costumes num jogo sutil entre o  bizarro e o insólito. Por essas razões costuma-se classificar o autor em um gênero, o do Teatro do Absurdo.
À DERIVA... é uma alegoria sócio politica, é a vida do homem na sociedade moderna, é o absurdo da condição humana. É a comédia contemporânea.
Nossa montagem ri dela própria, com bom humor ela não define o local da ação e nem a época. A luz,  as musicas, a movimentação,  os climas, as pausas e silêncios sugerem nossa eterna nostalgia, desesperança e melancolia, os nossos males modernos. Os personagens são tipos atemporais, repetem falas e atitudes condizentes com sua classe social em um eterno ciclo, eles insistem nas suas hipocrisias, suas injustiças, suas mediocridades, acabando por mostrar de forma contundente todo o seu ridículo, como se fosse um vício, como se fosse hoje.








































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